quarta-feira, 25 de março de 2009

pétalas de neve



o vento frio acariciando a face,

o disfarce atômigo dos sentidos,

o côncavo ao convexo se encaixe,

sejas tu o meu mais terno abrigo


e deixarei de ser eterno fugitivo,

desde que em tuas fitas enlaces

e me prendas de vez aos ruídos

do teu seio quando me amares,


nos teus abraços estou a derreter

e , como se fosse flócos de neve,

ao calor do nosso corpo a ferver,


unindo-se ao nosso pulsar breve,

eu não posso a ansiedade conter.

Quero você: rainha dos mistérios.

Sérgio, beija-flor-poeta

eu te dou um sorriso



A tristeza derrama a alma sedenta
de estar feliz e contente comigo e
não seria essa dor que me alimenta
eu nem saberia o valor de ser amigo.

Nessa vida curta a saudade enfrenta
as ciladas surpresas do belo sorriso,
aquele que bate forte, feito pimenta
e queima a agonia e me faz o abrigo

do mais simples, puro e eterno amor
navegando as ondas do pensamento
néctado pelos beijos de rosa, de flor

me presenteando o beijo mais quente
afagando de mim essa tristeza, a dor.
Que riso mais lindo, oh, estrela cadente!

Sérgio, Beija-flor-poeta

calor humano



felicidades, meu amigo
hoje tu és fruto da vida
da felicidade és o abrigo
da amizade inesquecida

nascestes assim florido
de pétalas sábias, ficas
no terno peito aquecido
renovando as avenidas

marcadas pelo humano
calor amigo, riso perfeito,
quando juntos festejamos

sua primavéra, arqueiro
pela felicidade flechando
teu riso de paz, fagueiro.

sergio, beija-flor-poeta

a pegada do bicho




se ficar o bicho come,
e comido ficará
saciado de amizades
Deus não me acuda
se o bicho pegar

se correr o bicho pega
e pegado ficará
e se fugir,
que será do bicho
se não correr,
se não ficar ?

sergio, beija-flor-poeta

terça-feira, 24 de março de 2009

pálpebras de beija-flor



acordei disposto
a te aconchegar nos meus braços,
a mirar ruas, retinas semi-abertas
me espelhando e teus lábios
me pedindo um beijo suave
com um simples
e amável sorriso, ...
encantador.

É muito lindo acordar cedinho
ao canto dos beija-flores
poetizando a vida
e me perder dentro de ti.

beijos minha flor

sergio, beija-flor-poeta

segunda-feira, 23 de março de 2009

rosto de beija-flor




as tuas retinas oculares circulam
o meu paladar velejante, auditivo
sabor de pétalas que se misturam
com as salivas, néctos impulsivos,

fonte do seio muito mais que vivo
num terno esvoacar na brandura
dos teus beijos é que eu me arrupio
assim tão humano, cheio de ternura

contida no meu rosto, na face em flor
passe para me visitar, mas, por acaso
sentires os risos afastando essa dor

espinahda, apunhalada pelo louco amor,
que tu tens por fim em mim encontrado,
enlaça-me no teu laço de fita, por favor.

Sergio, beija-flor-poeta

versos virgens



não me toque, por favor !
quero ser livre de pecados
quando me beijar o amor
e por ele serei guardado,

espaço que o seio reservou
para ser por ti, oh, o amado
coração poeta nele sangrou,
pautas virgens do grafado

com o sangue da paixão
ardente do bico de pena
que meus lábios recitarão,

simplesmente são apenas a
perda da sina, pobre razão
que versos virgens sustenta.

Sérgio, Beija-flor-poeta

sem rumo, desarrumo



eu não arrumo
o rumo vem arrumado
eu escrevo o rumo
o rumo pensado
e se me perder
foi o rumo errado
e se reencontrar
foi o rumo acertado
arrume a vida
para nunca ser pego
totalmente sem rumo
displicente e desarrumado
seja arrumado,
arrume o rumo
e viva o rumo eternizado

Sérgio, o Beija-flor-poeta

ao amigo Rona Beija - Flor